Pesquisar neste blog

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Leva-me para casa?



Compartilho uma música que me fez lembrar uma história:





 Me Leva Pra Casa

Israel Subirá


Como pode me amar, Deus?

Conhecendo o meu pecado

Sabendo o que eu faço de errado

Como pode me amar assim?

 

Como pode me amar, Deus?

Sabendo que eu sou falho

E que o meu coração já não bate

Mais como já bateu?

 

Como pode me amar, Deus?

Sabendo que eu fugiria

Se a porta estivesse aberta

Como pode em mim confiar?

[...]


 Como pode me amar, Deus?

Sabendo o que eu diria

Sabendo que eu me frustraria

Como pode me amar assim?

 

Como pode me amar, Deus?

Sabendo que eu Te culparia

Pelo que não foi como eu queria

Como pode me amar assim?

 

Como pode me amar, Deus?

Sabendo que eu me fecharia

Quando Você quisesse entrar

Como pode em mim confiar?

[...] 


Me leva pra casa

Eu quero voltar

Pois longe de Ti

Não é o meu lugar

[...]



A música é daquelas que queremos ouvir várias vezes. O enfoque "Me leva para a casa", fez-me lembrar de uma certa história, que compartilho a seguir.


A menina buscou o exame, daqueles bem caros que a gente faz poucas vezes na vida, antes de chegar em casa, não aguentou, abriu e leu o resultado, lágrimas lotaram os seus olhos, mas não sabia ao certo qual era o tipo de emoção que estava sentindo. Após uma semana, foi ao médico, levou o exame e então o médico olhou, olhou e com um ar de alívio mencionou que felizmente não era o que estava esperando. A menina olhou bem ao médico, o diagnóstico poderia ser fatal, mas pelo visto não era, ela então perguntou:


-Tem certeza doutor?

-Sim, Aline, muitos apresentam isso, contudo nascem, morrem por outros motivos e sequer ficam sabendo. Isso não mudará em nada sua vida, fique tranquila e não é a causa das suas queixas.


Eu olhei bem para ele, ouvi e retomei a pergunta de outra forma. O médico me deu informações de que tivera vários pacientes com isso e garantia não ser problema. Eu olhei para ele, um senhor renomado na sua área, conhecido pelos marilienses como um ótimo médico e então com uma certa esperança, perguntei de novo:


-Tem certeza doutor?


O sim daquele médico havia trazido a Aline uma tristeza, ela que estava exausta, com tantos afazeres que ela mesma se enfiou, via na resposta do médico uma esperança para poder com dignidade largar tudo e sair viajando pelo mundo comendo as comidas típicas em cada lugar que passasse. Vendo toda sua vida que iniciava às 6h da manhã e finalizava 1h, sem sequer uma parada e apenas com 15 minutos de almoço, o esposo já havia dito para ela largar todos os empregos e permanecer somente estudando, ele estaria respaldando todo o resto, como já fazia, mas a Aline não achava isso digno, ao menos que tivesse um diagnóstico que a auxiliaria, contudo, Aline acabava de descobrir que não tinha e então, uma lágrima escorreu pelos olhos, quanta tristeza ela pensou, o sim do médico contrariamente gerou tristeza na Aline.


Aline é daquelas que prefere um dia com intensidade ao invés de 100 sem! 



Aline continuou vivendo sem viver, aguardou alguns anos e mudou sua vida, obtendo uma qualidade de vida imensurável sem qualquer exaustão e sem as queixas que um dia levou ao consultório, pois é, a falta de vida gerou sintomas que com a retomada da vida foram embora.

E quanto a Aline hoje? Ela vive como em uma eterna férias, afinal, as férias para ela era sempre para estudar e pesquisar, mesmo feliz e sem exaustão  ela ainda continua entendendo que ser levada para casa é o seu lugar, pois não há nada melhor que estar perto de Deus e então retoma a canção


"Me leva pra casa

Eu quero voltar

Pois longe de Ti

Não é o meu lugar"







Nenhum comentário:

Postar um comentário