Um poema para hoje cai tão bem como um livro, uma xícara de chocolate quente, uma pantufa e uma coberta num dia chuvoso...
Quero-te como pronome
Pronome pessoal
Quero ter seu sobrenome
Como complemento nominal
E se for caso de se
Analisando a circunstância
Tu serás partícula de realce
E estaremos em perfeita concordância
Se for índice de indeterminação
Eu te digo quem é o sujeito
O que rege meu coração
E o que conjuga meu peito
E referir-me-ei a ti
Na primeira do singular
Usarei este, neste, aqui
Para nos aproximar
E me perdoe por usar o possessivo
Contudo, usarei nosso no lugar de meu
E usarei o elemento coesivo
Para unir estes corações que são ambos teus
E se não souberes gramática
Amor, a gente inventa um dialeto
Em que a única regra prática
É que tu sejas meu objeto direto.
Poesia por Letícia Bonetti,
Foto por Bernardo Moreira
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