No livro, Eu disse Adeus ao
namoro, Joshua Harris, escreve o seguinte trecho:
“COMO IMPEDIR QUE A IMPACIÊNCIA
LHE ROUBE O PRESENTE DE ESTAR SOLTEIRO
Em O Livro das Virtudes, William J. Bennett conta a estória chamada “O
Fio Mágico.” Neste conto francês nós lemos sobre Pedro, um menino que é forte e
capaz mas é atrapalhado pela sua falta de paciência. Sempre insatisfeito com a
sua condição do momento, Pedro passa a vida sonhando acordado com o futuro.
Um dia enquanto
passeava pela floresta, Pedro se encontra com uma estranha velhinha que lhe dá
a mais tentadora oportunidade - a chance de saltar os momentos da vida que
sejam entediantes e rotineiros. Ela entrega a Pedro uma bola se prata da qual
sai um pequeno fio de ouro. ‘Este é o fio da sua vida’, ela explica. ‘Se você
não encostar nele a sua vida passa normalmente. Mas se você desejar que o tempo
passe mais rapidamente, você tem que apenas puxar o fio um pouquinho e uma hora
passará como um segundo. Mas atenção, uma vez que o fio tenha sido puxado para
fora, ele não pode ser colocado para dentro novamente.’
Este fio mágico parece
ser a resposta para todos os problemas de Pedro. É tudo o que ele sempre quis.
Ele pega a bola e corre para casa.
No dia seguinte Pedro
tem a primeira oportunidade de colocar a bola de prata em funcionamento. A aula
está arrastada e a professora repreende a Pedro pois ele não está se concentrando.
Pedro pega a bola de prata e dá uma pequena puxada no fio. De repente a
professora despensa a turma e Pedro está livre para sair da escola. Ele fica
exultante. Como a vida vai ser fácil de agora em diante. A partir deste
momento, Pedro começa a puxar o fio um pouco a cada dia.
Mas logo Pedro começa a
usar o fio mágico para apressar porções mais largas da vida. Porque perder
tempo puxando o fio somente um pouco quando ele pode puxar mais forte e completar
a escola toda de uma vez? Ele assim o faz e se encontra fora da escola como um
aprendiz em uma profissão. Pedro usa a mesma técnica para apressar o seu
noivado com a amada. Ele não consegue esperar meses para se casar com ela,
então usa o fio de ouro para adiantar a chegada do dia do seu casamento.
Pedro continua neste padrão por toda a
vida. Quando chegam tempos difíceis e de tribulação, ele escapa deles com o seu
fio mágico. Quando o neném chora à noite, quando enfrenta dificuldades
financeiras, quando deseja ver os filhos encaminhado em suas próprias
carreiras profissionais, Pedro puxa o fio mágico e passa ao largo do
desconforto do momento.
Mas
infelizmente, quando chega ao fim da sua vida, Pedro se dá conta do vazio da
sua existência. Ao permitir que a impaciência e o
descontentamento o dirigissem, Pedro roubou de si mesmo os momentos mais ricos
e as memórias da vida. Tendo apenas a sepultura à sua frente, ele se arrepende
profundamente de ter usado o fio mágico.
Ao apresentar esta
estória, Sr. Bennett comenta, com muito discernimento: ‘Com grande freqüência,
as pessoas querem aquilo que querem (ou o que elas pensam que querem, o que
normalmente é ‘felicidade’ de uma forma ou outra) neste exato momento. A ironia da sua impaciência é que, apenas
ao aprender a esperar e ao possuir uma disposição de aceitar coisas ruins
juntamente com as boas, alcançamos aquilo que realmente tem valor.”
(HARRIS, p. 48-49)
Fonte:
HARRIS, Joshua. Eu disse Adeus
ao namoro. Editora Atos, [S.d].
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