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sábado, 31 de dezembro de 2016

2016 e 2017

2016


foi um ano que não quis levar para si holofotes, abriu caminhos, isso mesmo, há portas abertas que em 2016 serão concretizações de sonhos sonhados há alguns anos.


2016 porta aberta para 2017 e que fique o 7 com todo holofote de um brilho de um ano estupendo!


ps: em breve mais detalhes rs

Dissertação


Para alegria geral e felicidade da nação diga ao povo que  eu enviei a dissertação para o orientador! Exatamente no último dia do ano como eu havia prometido a mim mesma, sim deu tudo certo! Agora é só esperar as correções e em breve imprimir e enviar para a banca...sinto cheiro de relacionamento rompido, dissertação não te quero mais! 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Praia não combina com dezembro

Li  esses dias um texto de uma moça que estava revoltada por ver tantas pessoas postando fotos na praia enquanto ela estava trabalhando, o texto engraçado revela desejos ruins dessa moça a essas pessoas. Desde que li esse texto passei a ver trocentas mais fotos de pessoas na praia nas minhas redes sociais, enquanto eu estou aqui lutando para terminar um texto que está me matando e que eu tenho que terminar porque tenho vários outros trabalhos para fazer.
Estou aqui atrás de um computador, tentando descansar um pouco a cabeça para retomá-lo há alguns minutos, antes que comece a  novela da tarde que há anos simboliza o oásis em meio ao meu desértico de férias. 
Vejo essas fotos e penso: será mesmo que todas essas pessoas gostam de praia assim como demonstram? Gostam de um lugar com muitas pessoas reunidas, muitas bebendo bebidas alcoólicas, crianças correndo, jogando bola, chutando areia, o sol escaldante, o medo de arder, a preocupação com o protetor solar, a preocupação com o que comer e como comer para não ficar doente. Será que as pessoas gostam mesmo do tiozinho vendendo canga, da venda da água no isopor, do pensamento de quantas pessoas estão fazendo xixi na água? Será que as pessoas gostam mesmo de ter que andar para chegar na praia, de entrar na água salgada e ficar pulando incansavelmente não podendo conversar direito porque a onda está vindo? Será que gostam mesmo de não poderem entrar com óculos de sol na água, de se sentirem mal por dormirem até tarde e estarem perdendo o dinheiro que gastaram para ir até lá? Será que gostam?

Ou será que gostam do status de que tudo isso proporciona? Não sei quem foi o brasileiro que inventou que dezembro e janeiro tem que ir para praia, sou mais uma viagem a Ouro Preto, Bonito, Ribeirão Claro, uma ida a museu com ar condicionado, ou uma exposição bizarra, sou mais uma ida a livraria cultura e no final de tudo isso talvez eu seja praia.
Desde que eu não entre na água, desde a praia seja deserta, não haja sol sobre a minha cabeça e eu possa sentar na beira dela e no horizonte olhar o sol caindo, beijando o mar e anunciando que é noite!


Engraçado que estou esperando um vídeo desse na minha timeline, mas ainda não vi, afinal isso para brasileiro não é praia! Para mim praia é quadro vivo, é criação de Deus, é natureza, é perfeição, para eles é ostentação, bebidas, sol, areia e fotos postadas.


Resultado de imagem para praia por do sol                     




Ps: praia não combina com dezembro, combina mesmo é com maio!    



quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ele é como um vestido de noiva encontrado


ELE


"É sujeito nos meus textos que eu tento, sem sucesso, usar de modo impessoal." (Ruth Manus)

Desde que te conheci a impessoalidade virou presságio! E virou mesmo, lembra? Postei um poema*** sobre isso e ainda éramos conhecidos se conhecendo, você curtiu, eu sorri. 
Como encontrar o vestido de noiva eu sabia e internamente eu disse "É esse", é um sentimento de certeza repleta de plenitude, não sei explicar, mas sei que foi exatamente o que senti quando conversamos, foi exatamente o que senti quando enfim encontrei o meu vestido com cinco dias antes do casamento, eu até que gostei um pouco dos outros vestidos, eles tinham uns detalhes interessantes, mas no geral ele não me cabiam, não cabia de ser chamado de MEU vestido, era apenas vestidos de casamento que talvez eu alugaria e com carinha de zanga o usaria, não deixaria de ser um vestido, branco, de noiva, rodado, modelo princesa...
Mas não era o meu vestido, aquele que fez meus olhos brilharem, que tinha renda nas costas exatamente como eu sempre sonhei e com pérolas como eu desejei, aquele que me tirou suspiros que me fez olhar com admiração com visão de que foi feito exatamente para mim, aquele que me cabia, que me fez sentir mais eu, aquele que eu estava esperando sem esperança de que o encontraria, no final das contas eu havia me conformado com o outro que eu havia escolhido há quase um ano, pois é, às vezes por não saber esperar aceitamos  o que não é nosso e sofremos com isso, mas graças a Deus ele existe e nos faz ver que podemos ter o que nos cabe, o que ele preparou para nós. Pedro, você é como o meu vestido encontrado cinco dias antes, você me cabe perfeitamente e me ver com você é brilhar os olhos e dizer: É esse!!!!                          














***
Poema que mencionei no texto:

Presságio (Fernando Pessoa)
" O AMOR, quando se revela,
 Não se sabe revelar.
 Sabe bem olhar p'ra ela,
 Mas não lhe sabe falar.
 Quem quer dizer o que sente
 Não sabe o que há de dizer.
 Fala: parece que mente...
 Cala: parece esquecer...
 Ah, mas se ela adivinhasse,
 Se pudesse ouvir o olhar, 
 E se um olhar lhe bastasse
 P'ra saber que a estão a amar!
 Mas quem sente muito, cala;
 Quem quer dizer quanto sente
 Fica sem alma nem fala,
 Fica só, inteiramente!
 Mas se isto puder contar-lhe
 O que não lhe ouso contar,
 Já não terei que falar-lhe
 Porque lhe estou a falar..."