Hoje, compartilho o texto que entreguei para minha mãe neste dia das mães.
Mãe,
de
todos os presentes que lhe dei, este eu quis que tivesse um significado que
retratasse a própria data, hoje, dia das mães lhe entrego um colar que fechado
forma um CÍRCULO, o círculo não
podemos encontrar o começo e nem o fim e isso é o meu amor por você, eu não sei
como e onde começou, mas eu sei que não terá fim como esse círculo. Além disso, esse colar tem
um pingente de CORAÇÃO que retrata o
amor que permeia nossa relação de mãe e filha. Reparou também que o colar é
dourado? Pois é, nossa relação valeu, vale e valerá OURO. Que todas as vezes que você usar esse colar você possa se
lembrar desses significados.
Apesar
de todas as nossas diferenças (que são tantas), apesar dos seus defeitos (que
às vezes me irrita), eu te amo da forma que Deus criou um filho para amar uma
mãe, hoje, eu queria lhe honrar e lembrar das qualidades que você tem (afinal,
a gente passa tanto tempo lembrando dos defeitos não é mesmo?).
Mãe,
você merece ser chamada por esse nome, esse título você fez muito bem, quantas
vezes eu doente e você toda preocupada? Cuidado, sensibilidade e educação são
palavras que descrevem a sua função como mãe. Sempre me protegendo da friagem,
da fome, da sujeira, dos piolhos, da doença e de tantas outras coisas....Você
Mãe, sempre esteve comigo frequentou minhas reuniões de escola, ouviu minhas
angústias,
ouviu
minhas dores de alma, esteve comigo quando eu não queria comer, quando o meu
coração doía, quando a minha cabeça doía, chorou com meus choros, se preocupou
com as minhas fraquezas...Quantos segredos compartilhei com você e como em uma
válvula de escape me sentia mais leve? Dividi fardos com você....Além disso,
você chorou com as minha conquistas e sorriu com as minhas vitórias. Você Mãe
que agarrou o troféu que recebi da UNESP e orgulhosamente o segurou nas
fotos...Você é conquistadora de tudo que tenho recebido, pois você que me acompanhou
em cada angústia, em cada plano, em cada emprego, em cada concurso, em cada
decisão...
Não
há como não lhe agradecer por eu ter sempre o que comer preparado, por eu ter
roupa lavada e passada, por eu ter casa limpa. Você é a mulher que Deus
instituiu para cuidar de mim e me ensinar a crescer. Hoje, olhando para você
vejo que cada vez estou crescendo mais, sendo autônoma e me virando na vida,
hoje, percebo que pelos meus planos em pouco tempo, ou ano, estarei morando
distante de você....Isso significa que você fez seu papel bem “feitamente” você se fez mãe e eu filha, você me criou
para ter asas e agora está chegando a hora de voar...sinta-se orgulhosa todas
as vezes que me ver me virando bem, resolvendo meus problemas e conflitos, pois
você também me ensinou isso! Posso te dizer que no geral você cumpriu seu papel
e me formou....Te amo mãe e obrigada por ser Mãe, posso dizer que com certeza
eu tive uma mãe!
Finalizo
esta carta compartilhando um texto escrito por Ruth Manus
“Tá na hora de
você dar uma sossegada.
Mãe, pára um pouco. Dois minutinhos só. Sei que a ideia de parar
não existe para você, mas eu tô pedindo. Baixa a frequência, senta no sofá, alguém
cuida de todo o resto, vai por mim.
Eu sei que não importa quantos anos passem, você tem a eterna
sensação de que é responsável por tudo. Pela sua vida, pela minha, pela dos que
nos cercam...Sei que não adianta eu te dizer que sou adulto, sei que você nunca
vai aceitar a ideia de que já não está mais no comando.
Pois é, mãe. Mas o fato é que me flagrei adulto. Não só por
causa do trabalho, das responsabilidades e cobranças. Me percebi adulto num
certo dia perdido no passado. Dia em que engoli o choro para que você não
visse. O dia em que disse em que estava tudo bem quando o peito estava cheio de
fantasmas. O dia em que esperei você virar as costas para poder desmoronar.
Por quê? Porque eu sabia que, de um jeito ou de outro, as coisas
se ajeitariam. E não ia ser através das suas mãos. Então, por que te preocupar?
Por que te angustiar mais do que você já se angustia por conta própria?
Mãe, eu parei de depender da sua barriga, parei de depender do
seu peito, parei de depender das mamadeiras quentinhas, parei de depender da
ajuda no banho, parei de depender da sua carona.
Mas você nunca parou de se preocupar. Talvez se preocupe ainda
mais agora, porque sabe que o voo é cada vez mais alto.
Você se lembra das centenas de vezes em que eu gritei “EU QUERO
A MINHA MÃE!” quando era criança? Na verdade eu não queria. Eu precisava.
Precisava do seu colo, do seu beijo na testa, do seu cafuné, do seu cheiro.
Precisava, porque sem você não havia chão.
Hoje eu não preciso, mãe. Você já me ensinou a amarrar os
sapatos, andar olhando pra frente, levantar das quedas, limpar as lágrimas, rir
de mim mesmo e seguir em frente. Mais do que me ensinar, você foi o exemplo
vivo disso.
Sério mãe, o mundo gira sem que você o empurre. E eu me viro sem
que você perca o sono. Porque chegamos num ponto da vida em que eu perco o sono
ao te ver sem dormir. Essa dinâmica já não faz mais sentido.
O famoso “eu quero a minha mãe!” é agora. Agora eu quero você.
Mas quero você tranquila, ouvindo minhas histórias, mexendo no meu cabelo,
rindo comigo, opinando, discordando. Não de peito apertado. Não suspirando
pelos cantos achando que eu não vou encontrar o caminho certo. Eu vou. Você me
deu o melhor mapa.
Aceite meu presente desse ano: uma relação de amor e de
parceria, não mais de dependência, nem prática, nem emocional. Tanto minha
quanto sua.
Meu presente, na verdade, é quase um pedido. Essa noite, mãe,
deite a cabeça no travesseiro sabendo que está tudo bem. Que mesmo quando minha
vida estiver dura, você não precisa ficar com os olhos arregalados, olhando
para o teto buscando saída. Isso é comigo.
Você construiu uma pessoa com o que havia de melhor em você. Deu
o que tinha e o que não tinha para me fazer feliz e sólido. E eu estou aqui,
consciente da minha sorte e da minha força.
Olhe por mim, peça por mim, orgulhe-se de mim. Deixe-me ser de
novo a luz dos seus olhos, como fui quando era um bebê sorridente. Não me
iludo, achando que você vai parar de se preocupar. Sei que é impossível. Mas
deixe-me hoje ser eu quem te abraça e te diz baixinho: está tudo certo.”
9/6/2015