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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Quem se importa?


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Antes eu tinha certeza absoluta de umas dezenas de pessoas que liam meus textos, hoje, já não tenho essa certeza, sei que há leitores porque os números de visitas aumentam, mas cogito que nenhum deles convivam comigo. Antes, meu amigo me via e conversava comigo o que havia lido aqui.
Cada dia estou mais distante das redes sociais pessoais minhas. Ando saindo por aí e voando sabe? Não sei bem quem sou, tornei-me alguém que na conquista do maior sonho da vida, passou a desejar algo que nunca foi desejado. Sabe, em algumas áreas eu estou tão satisfeita e plena, em outra eu desejo o futuro e em outras o passado. Neste presente me vejo sem me ver.

Quem sou eu? Onde estou? Para onde vou? Porque tudo isso?

Tenho sentido o peso de estar chegando aos 30, como diria a doce cantora sou velha para ser jovem e jovem para ser velha. Mudei os desejos, mudei as relações, mudei  a visão de vida, mas aqui dentro ainda jorra poesia misturada com dureza...a fortaleza tem se dissipado com  a poesia! Com poesia se dissipa a dureza, o problema é que há uma escassez de poetização....Eu me pego pensando no dia mais feliz que tive e me surpreendo com tamanha falta de ganhos, com tamanha falta de lucro...e me vejo com imensa presença de poesia, talvez seja por isso que essa minha memória o tenha registrado como o dia mais feliz! 

Não sei porque agora me lembrei que todas as vezes que minha mãe estava triste eu ficava também e como criança não suportava vê-la chorar.

Agora cá estou carregando um peso que não é meu, a insatisfação não é  imaginação, faz de conta, neurose, visão, ilusão....Ela é criada e poderia ser transformada. As mãos atadas e os pés descalços não é um problema somente daquela cantora!
As pernas estão no ar, e O. Montenegro teima em martelar novamente nessa mente velha! Eu sigo assim, sabendo que sem intensidade não se faz uma Aline, eu sigo calada para não ser taxada de louca, neurótica e desajuizada. Talvez o que esse tempo queira me dizer é mesmo isso, fique calada, qualquer manifestação será incompreensão. Sabe, há tanta mudança aqui e tanta falta de preocupação ali, há tanta mudança aqui e tanta gente que não se importa!
Que Deus me ensine a lidar com a indiferença quando eu só sei lidar com a intensidade, que eu não acredite que eu crio tudo isso, porque na verdade eu me reorganizo para não enlouquecer e assim prossigo, reinvento a dor, finjo que não é bem assim como eu estou vendo e pensando, choro um tanto, sorrio outros tantos....Penso, foco nos alvos e como dardo me arremesso...caio, erro o alvo, acerto..e assim prossigo...
Anda faltando empatia, anda sobrando pensamentos, procuro não dar asas para eles! Como será? O que se fazer?
São três décadas de experiência para começar a aceitar o que não merece, por um estúpido peso da idade. A metáfora da minha vida é a mais correta, ando levantando peso demais, além do que meu corpo aguenta e esse corpo anda dando resposta de que as coisas não andam assim como deveria....Pela primeira vez sinto vivendo outra vida que não é minha, gastando energia com o que não sou eu. Há uma onda de emoções, expressões, sentimentos guardados, eu paro assisto um filme, choro, coloco a bolsa de água quente na dor, oro, canto, e prossigo.
Prossigo até quando eu puder  romper com aquilo que não me representa mais. É difícil crescer, é difícil querer asas quando somente se tem falta de coragem para voar. Como.um pássaro com asas cortadas sou meio assim...Enquanto isso? A agenda corre a todo vapor, eu me reinvento, mudo, aprendo, tomo outra forma e quem se importa? Eu....e isso tem que bastar.
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Ninguém anda entendendo meu todo...Todo santo dia eu luto, com dores digo sim a minha rotina...Quem dera fosse só coisa de fisioterapia, eu arrasto a perna, pulo, salto, e para compensar um pouco eu me alongo. Não é ingratidão por todo o resto é surdez mesmo, não ando ouvindo nada de nada, eu tento ouvir, mas não se tem nada a falar.
Se reorganiza menina, você é água e se adapta a tudo...eu digo para mim mesma...
Mas quem se importa?
Quem?
Quem?
É tanta indecisão e os machistas dizem que tudo provém da TPM, uma forma de tirar dos ombros a culpa de ser incapaz de ser como antes...é...
Os pensamentos andam enrolados e eu só lamento tamanha tristeza!
Eclesiastes me consola dizendo que tudo tem seu tempo e eu derramo sal nesta terra...prossigo assim firme, conquistando aquilo que me faz melhor e maior! E isso me dá uma felicidade danada...

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