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sábado, 28 de maio de 2016

Um casal: a flor e o espinho


 Ele um homem que analisava, um dia se depara com um tipo de mulher-menina-flor, chegou aos poucos, elogiando nada, se encontrando pouco e conversando muito. A cada conversa uma análise, a cada encontro uma pesquisa, perguntas, perguntas, análise da cabeça aos pés, do cérebro ao coração. Cada novo encontro um novo conhecimento, como uma floresta encantada iam magicamente adentrando e se conhecendo e a cada novo dia era uma nova e feliz descoberta....Não havia desafios a não ser serem felizes e curtirem aquele tempo eterno em suas memórias.Ele concluiu sua pesquisa e considerou finalmente que deveria investir no casamento com aquela flor, inicialmente, conheceu a cor da flor, o perfume, o jardim que a rodeava...em meio a esse conhecimento, a flor despertava a poesia daquele homem. Que contraditoriamente se mostrava tão frágil, sereno, cuidadoso.Atento a cada mudança climática, a cada altura do sapato, a cada cabelo novo ele oferecia blusas, mudança de ambiente, entrega na porta e mãos afastadas do cabelo. Ele a olhava, como quem encontra um ouro e na sua face tem o brilho refletido, ele a amava, de uma maneira inicial mais com intensidade gigante . Aquele olhar admirado, uma princesa pensava ele, naquele curto espaço de tempo só pensava em como estava feliz de agora ser completamente feliz. A cada novo mês, havia uma lembrança e eles festejavam mais dias juntos. Os sonhos aumentavam, queriam tornar-se um, uma casa, uma vida, um casal...Tentavam agradar um ao outro, as expressões eram sempre de felicidade, sorriso, carinho e cuidado. Como não amar tudo isso? A plenitude de um início de relacionamento, um abraço era o melhor abraço, um sorriso era o melhor sorriso, um passeio era o melhor passeio, estavam naquela fase em que não importa onde se vai o importante é ter a pessoa ao seu lado.
Até que um dia, aquele gentil, sereno, frágil, romântico, raro e lindo homem atentou-se para aquela flor, a olhou por outro ângulo e percebeu retirando-a do seu jardim, que havia espinhos, duros espinhos...Ele sangrou e cada nova descoberta havia um novo sangue, permeado por dor, vermelhidão...Em meio a isso, ela não deixava de ser rosa, mas ela deixava de ser perfeita e ele deixava, ele que em um momento dizia do amor que "dei", agora DEI, XA, VArria para longe o que tudo havia sido.  
É difícil lidar com o poesia da pétala quando se descobre que um pouco mais abaixo há espinhos, mais difícil ainda é se machucar com eles e perceber que mesmo assim, por trás do espinho há uma flor, mesmo que pequenina há uma flor. Lembra? Você em um dia a viu ali...Lembra, para poder lembrá-la de que mais que espinho ela é flor.


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