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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Impaciência não combina com espera







No livro, Eu disse Adeus ao namoro, Joshua Harris, escreve o seguinte trecho:

 

“COMO IMPEDIR QUE A IMPACIÊNCIA LHE ROUBE O PRESENTE DE ESTAR SOLTEIRO


Em O Livro das Virtudes, William J. Bennett conta a estória chamada “O Fio Mágico.” Neste conto francês nós lemos sobre Pedro, um menino que é forte e capaz mas é atrapalhado pela sua falta de paciência. Sempre insatisfeito com a sua condição do momento, Pedro passa a vida sonhando acordado com o futuro.
Um dia enquanto passeava pela floresta, Pedro se encontra com uma estranha velhinha que lhe dá a mais tentadora oportunidade - a chance de saltar os momentos da vida que sejam entediantes e rotineiros. Ela entrega a Pedro uma bola se prata da qual sai um pequeno fio de ouro. ‘Este é o fio da sua vida’, ela explica. ‘Se você não encostar nele a sua vida passa normalmente. Mas se você desejar que o tempo passe mais rapidamente, você tem que apenas puxar o fio um pouquinho e uma hora passará como um segundo. Mas aten­ção, uma vez que o fio tenha sido puxado para fora, ele não pode ser colocado para dentro novamente.’
Este fio mágico parece ser a resposta para todos os problemas de Pedro. É tudo o que ele sempre quis. Ele pega a bola e corre para casa.
No dia seguinte Pedro tem a primeira oportunidade de colocar a bola de prata em funcionamento. A aula está arras­tada e a professora repreende a Pedro pois ele não está se con­centrando. Pedro pega a bola de prata e dá uma pequena pu­xada no fio. De repente a professora despensa a turma e Pedro está livre para sair da escola. Ele fica exultante. Como a vida vai ser fácil de agora em diante. A partir deste momento, Pedro começa a puxar o fio um pouco a cada dia.
Mas logo Pedro começa a usar o fio mágico para apressar porções mais largas da vida. Porque perder tempo puxando o fio somente um pouco quando ele pode puxar mais forte e com­pletar a escola toda de uma vez? Ele assim o faz e se encontra fora da escola como um aprendiz em uma profissão. Pedro usa a mesma técnica para apressar o seu noivado com a amada. Ele não consegue esperar meses para se casar com ela, então usa o fio de ouro para adiantar a chegada do dia do seu casamento.
Pedro continua neste padrão por toda a vida. Quando chegam tempos difíceis e de tribulação, ele escapa deles com o seu fio mágico. Quando o neném chora à noite, quando enfren­ta dificuldades financeiras, quando deseja ver os filhos encami­nhado em suas próprias carreiras profissionais, Pedro puxa o fio mágico e passa ao largo do desconforto do momento.
Mas infelizmente, quando chega ao fim da sua vida, Pedro se dá conta do vazio da sua existência. Ao permitir que a impa­ciência e o descontentamento o dirigissem, Pedro roubou de si mesmo os momentos mais ricos e as memórias da vida. Tendo apenas a sepultura à sua frente, ele se arrepende profundamen­te de ter usado o fio mágico.
Ao apresentar esta estória, Sr. Bennett comenta, com muito discernimento: ‘Com grande freqüência, as pessoas que­rem aquilo que querem (ou o que elas pensam que querem, o que normalmente é ‘felicidade’ de uma forma ou outra) neste exato momento. A ironia da sua impaciência é que, apenas ao aprender a esperar e ao possuir uma disposição de aceitar coi­sas ruins juntamente com as boas, alcançamos aquilo que real­mente tem valor.” (HARRIS, p. 48-49)


Amém! Aprenda a  esperar; a árvore para frutificar precisa crescer. Espere pacientemente.








Fonte:
HARRIS, Joshua. Eu disse Adeus ao namoro. Editora Atos, [S.d].





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